Quando passo nas ruas e vejo algum idoso a caminhar, a regar um jardim ou até sentado em algum banco de praça que porventura ainda exista, fico a pensar o quanto de experiência e conhecimentos estão a bailar nas cabeças daquelas pessoas.
De repente começo a comparar as vidas das pessoas como máquinas construídas para executarem tarefas pré determinadas. Máquinas que deveriam ser aprimoradas e com o tempo se adequarem ou substituídas.
O crescimento da tecnologia se faz num tempo tão curto e tão rapidamente que o próprio homem que a criou não consegue acompanhar e absorver sua aplicação num âmbito global.
Vejam por exemplo o micro computador. Nem mesmo a geração que a criou se adequou à sua performance e de repente já podemos ver dessas máquinas encostadas jogadas em depósitos de sucatas. Todos os dias novas criações são oferecidas ao mercado.
Tantas são as pessoas que lutam para entender como funciona o cartão magnético do banco e já se pensa em substituí-lo por outras tecnologias: Internet, Telefonia Celular, Banda A,B,C,D,E..., Waap, Megabytes. Até onde vamos chegar?
A robotização da máquina caminha tão rápido quanto o computador. O próprio robô criado pelo homem já é capaz de se criar e se multiplicar. Será que os filmes de ficção estão certos? E o homem? Onde ficará?
Aqueles idosos seriam máquinas enferrujadas que estão superadas e já não produzem mais e por isso devem ficar num galpão velho ou num quartinho qualquer abandonado? Devemos mandá-los para um museu ?
Não. Não podemos deixar que esta história se perca num museu qualquer. A causa do crescimento da inteligência humana não pode engolir a própria razão de sua existência.
Não. Não queremos ser máquinas de fazer máquinas. Devemos antes de tudo ser seres humanos, capazes de sentir emoções, de amar, de proteger, de enxergar com olhos de filhos da natureza e não criação das leis da física, da química ou da biotecnologia.
Queremos envelhecer vivendo o prazer da liberdade, sendo amados por seres humanos criados em atos de amor, vivendo emoções e carinhos e não ser deixados num canto do mundo como máquinas superadas .
Os nossos idosos são história, são virtudes, são selos raros. Vamos colecioná-los em nossos corações.
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